Ouvira-se um uivo de solidão latente e feroz.
Na fragrância – columbina a chorar – dum fel,
Qual cantava, sórdida e tristonha, para Abel,
Seus choros de amargura e de empáfia atroz.
Suplicou – no enredo do triste samba a tocar –
Ao flecheiro, que ouvindo a dolência, resistiu,
Mas como ser amante, uma flecha permitiu,
Àquela alma solitária e medonha, atravessar.
Alma ferida. Sangue ardente correndo o prado,
Gritava – Columbina num furor – ao triste fim,
Enquanto corria para seu destino cruel e alado,
Destino de viver de consternação, sem seu sim,
Um caminho qual estava transcrito em seu fado,
Caminho lagrimoso no infinito dentro de mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário