Florbela, Bela Flor adormecida!
Dorme, anjo, enquanto lhe vejo.
Aqui, em sua solidão, seu pejo,
Onde não será nunca esquecida.
Dorme. Tudo não passa de desventura;
Dorme, alteza, esqueças sua tristeza,
Já preenchida de ilusão e de frieza,
Para que a esperança lhe de ternura.
Quando tudo for completo por amor,
Lhe chamo. Agora durma, pois esqueço
Estar admirando vossa beleza e dor!
Enquanto lhe vejo, muito agradeço,
Por ter a gloriosa chance de repor,
Em versos, toda paixão e apreço.
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