janeiro 31, 2012

Goodbye lonely day

"Goodbye lonely day" disse ela
antes de sentir a rajada de ventos
que vinham de baixo.

Era pouco atenta. E a janela
pela qual olhava seus alentos
era imensa, sem facho.

De qualquer forma, tentar nela
enxergar - de tempos em tempos,
ou ver algo abaixo,

não era tarefa fácil. A afogadela
de tudo em si, de pensamentos...
tornava o altibaixo

numa espécie de novela.
Um drama de descontentamentos,
sem príncipe, sem coaxo...

E tudo o que se revela,
intranspõe os desprendimentos
como se fosse um capricho!

Pintava-se ali a vida na tela.
O vento, o céu e os fragmentos
de voz perdiam-se no ancho.

Nada importava. Nada, nem ela.
O vento talvez, talvez momentos...
mas agora era tudo cinza, chocho.

O capitulo final se fez todo dela.
Alguém viu-na sorrir com o abalroamento,
o resto viu um pálido vermelho-mocho!