maio 20, 2008

Um silêncio.

Um dia quando calada estava a solidão,
Perguntou-lhe o silêncio da sua quietude,
Disse-lhe a solidão: encontro aqui plenitude,
Pensou o silêncio: é o quarto da emoção.

O silêncio, ainda inquieto, não exitou em perguntar:
- Solidão, passageira e motorista, qual sua jornada?
A solidão, em sua tristeza, responde ainda atordoada:
É caminhar sozinha, atrás do silêncio que esta a falar.

O silêncio, no auge de sua pertubação, indaga a pobre:
O que fazes tanto solidão, neste escuro que te cingi?
A solidão - abatida com sua imaginaria atitude nobre,

Cala-se, ao silêncio, enquanto um bobo sono fingi,
Não resisti e, diz, naquela sua irritação redobre:
Faço tudo, quando o tempo seu alvo ferido atingi.

Nenhum comentário: