maio 20, 2008

Um triste primeiro dia de abril.

Ela havia voltado.
Alguém lhe dissera.
A mente se desespera,
já muito atordoado.

Era a luz no caminho,
num escuro deserto...
Era um puro vinho,
que lhe estava aberto.

- Onde. Pergunta-se ele.
Queria tão logo esse ardor.
Os olhos buscavam nele,
aquele beijo despertador.

E já não se bastava...
Era todo em si contente,
sua alma que vagava,
veio-lhe de presente.

Um sorriso lhe fulgiu...
o rosto se molhava,
a mão que já se atava,
os lábios consumiu.

Num frénetico riso,
a notícia lhe aparece,
mais forte que uma prece,
e tão vil quanto um aviso.

E como se lhe rancassem o siso,
A dor no coração lhe afligiu:
não era sua amada naquele piso,
é apenas o primeiro dia de abril;

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