novembro 08, 2012

A flor


Oh! Terra infrutífera, reino acabado.
Tolhera de mim a flor do meu peito,
Desde então me hei sempre desajeitado,
Curando-me do mundo em meu leito.

Que há neste túmulo de solidão?
Outrora ardia em viva chama ardente,
Agora é frio, é pedra, é ilusão,
Agora é racional, é medo, é prudente.

Quem haverá de acreditar na lealdade,
Que constrói um reino e o leva ao chão?
Hei aprender que - no romper da ingenuidade -

Amor é sutiliza que não conhece ilusão,
E só quem amar com profunda verdade,
Sentirá florescer a flor do coração!