abril 20, 2008

Infinito dentro de mim. Parte 6: Contentamento.

Sobreveio o sorriso pouco sincero à boca.
Nos olhos uma funda percepção de alegria,
Como se um beijo aquecedor em noite fria,
Como se um grito alto e forte na voz roca.

Proeminente, na face alheia, boa-venturança,
Carregada nas costas do castigado moribundo,
Atributo – arlequim indiferente – dum mundo,
Atributo – arlequim prudente – duma matança.

Cadentes passos na solidão sustentavam a mente,
Castrando-a do pudor caquético, efêmero e ruim.
Constâncias na escuridão tornaram-na presente,

No caminho conducente ao sublimável varandim,
Vista aos lagos do rir e aos morros do contente,
Onde – perdida – achou o infinito dentro de mim.

Nenhum comentário: