Eis – disse o pierrot – que surge a temeridade!
Naquela alma sem vício, coberta pela solidão,
O agreste compadecer germinou a retratação,
Representante – dizia o biltre – da mediocridade.
Dava-se por conformado, gerindo a alma à dor.
Condenou-se – sorria o pierrot – à infelicidade,
Concebida nos campos estéreis da maldade,
Consumida – lembrou o superego – no pavor.
Satisfeito por ter-se dado ao curare paliativo,
Cuja formula ofereceu-lhe ares de benjamim,
Requestou sua própria – num furor esquivo,
Solidão, que lho desejou num clamor sem fim!
Curando-o e conformando-o, num viver altivo,
Cujo veneno nasceu do infinito dentro de mim.
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