abril 19, 2008

Infinito dentro de mim. Parte 2: Castigo.

Enquanto durável é este breu que consome,
Tudo é pálido no indecifrável código de dor.
Corredores vermelhos, azuis e verdes sem cor,
Sentimentos famintos numa mente sem fome.

Dilacerado pelos martírios do olente fervor,
Qual derreteu as saudosas cirandas juvenis;
Disse ciclorama – nos palácios flores anis –,
- Alma inumerável se abastece no livor.

Ao ouvinte lobrigável: Das palavras bebeu?
Sentiste da fúria incendiaria? Pobre arlequim.
Dizia-lhe o castigo, que devidamente recebeu.

Lancinante dor – pelo o castigo – recebe, enfim.
E toma-te de juízo, saboreia da dor que escolheu,
Pois este é seu glorioso infinito dentro de mim.

Nenhum comentário: