fevereiro 16, 2008

Sou

Sou poesia, mas nela não me faço ser,
Sou tolo, sou amante, sou amigo,sou...
Sou aquilo que no sangue quente suou...
Sou tudo e nada, sou desgosto e sou prazer!

Sou um arrebol fervoroso e a chuva fria,
Sou criação e sou também um criador,
Sou mestre e sou um vil desbravador,
Sou uma tal tristeza que se enche de alegria.

Sou a torre norte e as infinitas constelações,
Sou gêmeo de mim e amante da morte,
Sou o guerreiro escarlate das íntimas canções,

Sou fraco que de fraquezas mil se torna forte,
Sou alado, sou anil, sou as eternas divagações,
Sou tudo e tudo nada nos castelos da sorte.

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