fevereiro 17, 2008

Castigo

Se de vida vejo apenas estreita separação,
corpos e almas em desespero repentino,
caminhos vagos num mar de desatinho,
um céu sem estrelas num canto sem duração.

Flores desbotadas sob um chão sem cor,
dias sem sol, e sol sem nenhum trovão.
Noites frias, esquecidas pela escuridão,
rosto pálido, olho ofuscado pela dor.

É tudo que passa um sordido tormento,
um quê tristeza que machuca o coração,
é um tal barulho que se faz pensamento,

uma vida vazia regada por uma maldição.
São fatos recordados pelo esquecimento,
são castigos do amor em plena superação.

Nenhum comentário: