outubro 28, 2008

Eis que o mundo...

Eis que o mundo nasce: agora!
Suas lágrimas transformam-se
Como uma lágrima que chora.
E transbordam e encontram-se
Na ilha do padecer! Que hora?
Encontram-se e colidem-se
Com a mais pura e bela aurora.
Aquelas - que por perderem-se
Vivem hoje, como viveram outrora
No nascimento da liberdade
No mundo da mais singela saudade.

Eis que o mundo nasce: Agora?
Agora! Como nasceu a beleza
No puro seio da ser, embora
Tenha sido o império da sutileza
Quem tenha herdado o que há fora
Deste sublime lume de proeza
Desta rir do tristonho caapora
Que vive a mercê da grandeza
Que neste mundo medonho e belo
Trouxe seu manto, manto amarelo.

Eis que o mundo nasce: Retumbante
Urge como passáro no vento ardente
Que voa e voa como ao andante
Que nada sem medo e latente
Neste seu terreno de ser arfante
Sobre a brisa matutina cadente.
Eis o homem, o mais nobre errante,
Houvera tornado-se humano e gente
Vivendo o mundo sempre sonhando
Vivendo eternamente cavalgando;

Eis que o mundo nasce: altivo!
E nascem as flores no asfalto
Pensamentos sem nenhum crivo.
Nasce o sol no cume, no alto
No sonho do desejoso primitivo
Que voa elevando-se absolto
À maresia de humano cativo
Quando de vida é envolto...
Eis que o mundo nasce: Brilhante!
Nascido da alma do nobre vagante;

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