outubro 19, 2008

Constante

Oh! céu da mais pura inconstância,
Que fazes tu nesta terra penosa...
Porquê brilhas como lua preciosa,
Se sua sina é escrita na acrimância?

Porquê não choras como criança?
Chora como quem quer ser feliz?
Chora pelo amor ardente e aboiz,
Pelo bem-querer, pela esperança?

Sinto vossa dor, oh! céu glorioso.
Sinto sua constante inconstância.
Esse sentimento desarmonioso,

Quando está presente em abundância...
Sei que sofres e se sente choroso,
Lembrando teu choro de infância.

Nenhum comentário: