Quando queimado fui de amor,
Dançei o alto som da glória,
Rasguei minha funesta memória,
Por achar-me em feliz dispor.
Hei lembrar-me daquela ventura...
Onde no lago azul nadava o riso,
Nas estrelas encontrava o piso,
Nos lábios escarlates a ternura.
Perdi-me nos doces lábios da paixão.
Do funesto destino fui eu aprendiz.
Meu mestre tempo me mostrou solidão...
Eu mostrei-lho lágrimas e disse infeliz:
Eu muito amei e agora sinto a devassidão.
Pois, amor se foi e deixou-me a cicatriz.
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