Lábios vermelhos como o sol nascente,
Casto rosto e pueril da linda donzela...
Que de tão bela, a lua nova crescente,
Regozijava de loucura em conhecê-la.
De uma terrível, e felizmente rara,
Noite de insônia, nasceu o púrpuro prazer...
O prazer puro, como a alma pura e cara,
Da donzela, cujo lábio é motivo do fenecer.
Tanto busquei companhia, qual não tinha,
Que nos lábios escarlates da donzela,
Achei soro da vida que carece a veia minha,
Encontrei o antídoto e o veneno pro sofrimento,
Naquela boca vermelha e casta e bela,
Naqueles beijos que não tive, naquele tormento.
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