setembro 29, 2016

Poderia

Poderia eu estar só e esgotado,
perecendo na solidão da tempestade.
Poderia ter me isolado,
ou poderia ter perdido a sanidade.

Poderia percorrer o mundo inteiro,
viajar a algum inóspito vilarejo.
Poderia esquecer-me marinheiro,
ou viver em guerra de sertanejo.

Poderia recorrer à violência,
deixar-me inútil e inativo.
Absorver a impureza da ciência,

ou privar-me de qualquer consciência.
Poderia até fingir que é tudo tuitivo,
só não poderia fingir que não vivo.

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