setembro 19, 2009

Confissão íntima II

Amo-te, bem meu que ausente vaga,
e, no caminho que oculta percorre,
há lagos que de minha face corre,
há prados que minh'alma afaga.

Pelo caminho por onde se olvida,
deixei meu pensamento guardado,
e em cada sebe que há no prado,
fiz um verso com gota perdida.

Ficaram em cada árvore esculpidos,
Uns tristíssimos cantos de âmbar,
e reflexos d'uns beijos caídos,

Qual guardei, junto em meu sonhar,
para dar aos teus lábios puídos,
assim, amor meu, que lhe encontrar.

Nenhum comentário: