novembro 19, 2008

O mundo e o esquecimento.

Ando sobre o mundo, só e ausente.
Assisto pássaros, na aurora, cantarolar.
Rosas, de puras cores, desabrochar.
Percorro o sol matinal e o sol poente.

A curtos passos calculo o mundo...
Piso a turva água do manancial.
Durmo, sem medo, num dia glacial.
Deito sobre o prado verde e fecundo.

Este mundo onde há tanto a se ver...
Há tanto a assistir, há tanto a achar.
Mundo que se é fácil tudo encontrar.
Mundo onde nada se pode esconder.

Neste mundo onde nada se pode ocultar.
E eu, que tanto vi, não pude entender:
Como, entre noites, consegui me perder.
Como, entre dias, não sei me encontrar.

Nenhum comentário: