abril 10, 2012

A pensão

No fim da rua treze, perto do rio,
havia uma pensão, que era do tio...,
que recebia pobre, rico, moribundo
a porta sempre espreitava o mundo.

Tudo se via ali, só não alcoolemia.
Ainda assim todo mundo que ali vivia,
tinha consigo um quê de distração...
Taciturnidade era proibida, ali não.

Só havia uma regra em toda a pensão:
Respeitar como quereis ser respeitado!
A frase sempre ressoava pelo saguão...
E todos respeitavam, só não o Coitado.

Foi pego. Seu crime não teve perdão.
Em sua defesa, crime de amor jurava.
Ainda assim teve sua terrível punição:
Cegar-se e emudecer-se a quem amava.

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