fevereiro 26, 2010

Solilóquio abstrato do si para consigo!

Não há carne ao teu pranto,
Nem desespero a teu olhar,
Que se me afigure espanto
Aos laços teus do enganar.

Sentimentos loucos, ufanos.
Trajados de fome e rejeição
Do que jamais te fora danos
Do que jamais te fora paixão.

Sonho, eis que ilusão isenta,
Daquele que mata e não come
A saudade perdida e sedenta!

Direi-te que o que consome:
É pão amargo que alimenta,
porém não que mata a fome.

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