Na beira-mar há um estranho ser,
De tudo vazio, porém compenetrado
pescando a vida muito arraigado
a valores muitos, sem nada fazer.
Buscando o todo e o completo nada,
olhando o horizonte espesso,
e perdendo-se no singelo apreço
que lhe vem da solidão calada.
Ali, nesse universo de colisão,
onde se constrói a passividade,
encontra o pescador de solidão,
a pura essência da abstracidade,
no tudo, no nada, na ilusão
do que crê ser a única realidade.
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