Se em teus lábios os meus estacionam...
No vibrar dos céus, em que padeço...
Perco-me, enquanto sonhos desmoronam,
Ao mesmo tempo que alegro e entristeço.
Vago no tempo em que me anoiteço,
Da pureza dum beijo de dualidade...
Se me pego a beijar a tua mocidade
estou morto! Pois é tudo que careço.
E se me vingo da morte em teu beijar...
Meu caminho tornar-se-á sem norte,
Pois dois rios se hão de encontrar...
Mas tamanha - sina dorida - é a sorte
Que se beijo, morro pelo rio da vida...
Se não beijo, morro pelo rio da morte.
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