Canso-me, por vezes, deste vento,
Que a noite cobre e cobre o céu
Que corre toda a terra como véu
De Vênus em seu amargamento.
Nestas longas noites de verão,
Enquanto o vento soa ardente
O último expectador ausente
Espreita-se entre sonho e ilusão.
O vento que se fez mensageiro
Agora se alarga entre os arvoredos,
E tamanho é seu esgueiro
Que não bastam os sutis enredos
Da boêmia do nobre aventureiro
Para fazer dos sopros segredos.
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