Vejo o assento vazio da estação,
E o silêncio reverberando dos cantos!
Em todos os olhos vejo tímidos prantos,
Em todas as faces vejo só lamentação.
Passam-se vagões, vários e tantos...
Ouço o ferro em brasa fervilhar,
Sinto o vento quente a brilhar...
Vejo os altares, mas não os santos.
Sento-me, e sinto perder a esperança!
Vão-se vagões, e outros estão a chegar.
Fico olhando aquela pobre e meiga dança,
Dos vagões que vão e deixam-se ficar,
Porém nenhum deles se me alcança...
Por que não vejo ninguém desembarcar.
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