A vida se vai como um a véu,
(Que se consome no fogo terno!)
Quando na morte a mente ao céu
Sobe e a alma desce ao inferno.
E contem-se na descida o desespero;
Uns rios sobem, uns sóis descem,
Choram todos os que perecem,
Só não o pedregulho que resta intero.
Antecipa-se a partida o viajante;
Sobe ao cume mais alto do oceano!
Voa, pendendo de asas, arfante,
Para o além-mar do eu – profano!
E ri-se, num breve delírio de Dante,
Da ardente brisa em que há nadano.
Um comentário:
É, Siturcio é mesmo fantástico!
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