A vida se vai como um a véu,
(Que se consome no fogo terno!)
Quando na morte a mente ao céu
Sobe e a alma desce ao inferno.
E contem-se na descida o desespero;
Uns rios sobem, uns sóis descem,
Choram todos os que perecem,
Só não o pedregulho que resta intero.
Antecipa-se a partida o viajante;
Sobe ao cume mais alto do oceano!
Voa, pendendo de asas, arfante,
Para o além-mar do eu – profano!
E ri-se, num breve delírio de Dante,
Da ardente brisa em que há nadano.
abril 26, 2009
abril 19, 2009
Relutância
Onde está a alma resplandecente?
O caminho sutil da brandura divina,
Que conjugou talento à nossa sina,
Fazendo-nos enfermos na mente?
Vagamos por dentre janelas,
Vislumbrando momentos de emoção,
Tristeza, alegria, dor e compaixão!
Criando vida com cores singelas...
Que é isso que chamamos inconstância?
Que espírito desolador é o nosso?
Quem é essa tristeza? Que distância?
Quem domina o pensamento vosso?
Não sei! Sou apenas ínfima relutância
Entre tudo o que pretendo e o que posso.
O caminho sutil da brandura divina,
Que conjugou talento à nossa sina,
Fazendo-nos enfermos na mente?
Vagamos por dentre janelas,
Vislumbrando momentos de emoção,
Tristeza, alegria, dor e compaixão!
Criando vida com cores singelas...
Que é isso que chamamos inconstância?
Que espírito desolador é o nosso?
Quem é essa tristeza? Que distância?
Quem domina o pensamento vosso?
Não sei! Sou apenas ínfima relutância
Entre tudo o que pretendo e o que posso.
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