Hoje não quero falar de amor...
Nem, contudo, hei ser ouvinte
Testemunha do seu requinte
Carrasco da sua leal e cruel dor.
Hoje não quero falar de amor...
Pois seriam palavras vazias
Chamas esgotadas, chamas frias...
Numa boca suja e indolor...
Hoje não quero falar de amor...
Não quero falar de nada...
Não quero... Não quero, somente!
Hoje não quero falar de amor...
Quero toda palavra silenciada
Como o silêncio do amor silente.
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