A alvorada restaurou-se, enfim,
na calada doentia e indistinta.
Via tudo, e em tudo havia tinta.
Via cores, que só não haviam em mim.
Sentia-me desbotado, e incolor.
Um passageiro sem passagem,
vagando entre a paisagem
que revelava tudo, só não cor.
Desbotei-me. E o mundo passou.
Quais cores haveria de pintar,
se de tintas era eu desconhecido?
O mundo de tintas me impressionou.
O mundo passou e parecia desbotar?
Ou passei eu no mundo despercebido?