A quem se dirige todos os verbos,
versos cultos fadados ao silêncio.
Inculto, porém, é o tempo líquido,
que nada vislumbra. Nada teme.
A aurora vítrea reluz a incerteza
daquilo que ninguém preza.
O tempo é líquido, e líquida
a vida que se encerra.
O verbo é tormento, fogo-fátuo!
A quem se dirige? A quem?
O verbo é célula-tronco
que regenera e transforma.
O verbo é perdição!
O verbo é perdição,
do que se perde entre perdas.
O verbo líquido é ignorado,
e na ignorância deixa de ser.
O verbo já não é.
julho 07, 2017
fevereiro 17, 2017
setembro 30, 2016
Eu deixei o mundo cair
Eu deixei o mundo cair,
e esperei flores violetas.
Eu deixei a vida resumir
em pregações sem marretas.
Abduzi seres estranhos,
e com eles percorri o nada.
Vivíamos valores tacanhos,
sem rumo, sem vida, sem estrada.
Eu deixei o mundo cair,
e plantei jardins de solidão.
Eu deixei o mundo cair,
e percorri aquela destruição,
apenas para ver-me ruir,
sem mundo, sem flores, sem perdão.setembro 29, 2016
Poderia
Poderia eu estar só e esgotado,
perecendo na solidão da tempestade.
Poderia ter me isolado,
ou poderia ter perdido a sanidade.
Poderia percorrer o mundo inteiro,
viajar a algum inóspito vilarejo.
Poderia esquecer-me marinheiro,
ou viver em guerra de sertanejo.
Poderia recorrer à violência,
deixar-me inútil e inativo.
Absorver a impureza da ciência,
ou privar-me de qualquer consciência.
Poderia até fingir que é tudo tuitivo,
só não poderia fingir que não vivo.setembro 13, 2016
Infinito dentro de mim. Parte 9: Contrectação.
Agouros recriavam a impoluta
sensação
D’uma alma desprendida e
perturbada.
Era amor-objeto, era apenas
ilusão,
Esse infinito perverso em
mente acabada?
Quisera que fosse apenas, e
só, amor,
E que perdida estivesse
qualquer desilusão.
Viveria daquele mar de amor
ou paixão,
E seria amante até que a vida
tomasse cor.
Em solo infértil não nasce
flor, aconselhavam.
Mas ele era completamente a
própria obstinação.
Teria aquele amor, cujos
olhos castigavam,
Inclusive a custo de sua
própria perdição.
Cego de desejo vendeu-se ao
querubim,
pela contrectação do amor
infinito dentro de mim.
Cuiabá-MT - 14/08/15
Infinito dentro de mim. Parte 8: Conluio.
Caíra, sem alma na desilusão
e na tristeza.
Chorara lágrimas, Colombina,
sem amor.
Pierrô já não mais sorria,
era somente furor
Amargura e angustia. Homem da
frieza.
Colombina, princesa das
trevas, se feriu
Com o amor negro de seus
olhos arfantes.
Gritava – com toda voz – aos
amantes
Os uivos que do martírio
carrasco ouviu.
Perdida, chorava à vida
ingrata e cruel.
Fazia das lágrimas
convocações ao querubim,
Para que ele a levasse para
longe do fel...
Propôs um trato – dentro do
medo sem fim,
Propôs entregar alma vossa,
em palavra e papel,
Pelo amor que urgia: "infinito dentro de mim".
(10/10/08 – MG)
setembro 15, 2015
Atlas
Atlas diria, talvez, que não é o peso,
mas o sentimento além dele a tortura.
Carregar o céu pode não ser loucura,
mas não manterá ninguém ileso.
No desabrochar do sentir indefeso,
reagimos ora com pena, ora com dor,
ora simplesmente sem nenhum calor,
ora conformado, ora perdido, ora preso.
Por mais que digam da liquidez,
jaz ali a eternidade num momento.
E quem sabe sentir a sensatez
n'um agudo pesar de ressentimento,
sabe apenas que nada sabe, talvez,
pois desconhece o puro sofrimento.
mas o sentimento além dele a tortura.
Carregar o céu pode não ser loucura,
mas não manterá ninguém ileso.
No desabrochar do sentir indefeso,
reagimos ora com pena, ora com dor,
ora simplesmente sem nenhum calor,
ora conformado, ora perdido, ora preso.
Por mais que digam da liquidez,
jaz ali a eternidade num momento.
E quem sabe sentir a sensatez
n'um agudo pesar de ressentimento,
sabe apenas que nada sabe, talvez,
pois desconhece o puro sofrimento.
setembro 02, 2015
Todo mundo e ninguém
Hei passar pelas ruínas da terra,
e ver, em olhos perdidos, a devoção,
daqueles que vivem na guerra
entre a luxúria e a presunção.
Almas inquietas estarão vagando
em busca do prazer eudemonista.
O tempo de todo mundo caducando,
e o de ninguém estará sempre à vista.
Verei o estertor tornar-se virtude,
e o ócio personificar a degeneração.
Nesses tempos de vicissitude,
Em que o próprio tempo é religião,
Ninguém buscará a plenitude,
e todo mundo viverá a excitação.
e ver, em olhos perdidos, a devoção,
daqueles que vivem na guerra
entre a luxúria e a presunção.
Almas inquietas estarão vagando
em busca do prazer eudemonista.
O tempo de todo mundo caducando,
e o de ninguém estará sempre à vista.
Verei o estertor tornar-se virtude,
e o ócio personificar a degeneração.
Nesses tempos de vicissitude,
Em que o próprio tempo é religião,
Ninguém buscará a plenitude,
e todo mundo viverá a excitação.
agosto 14, 2015
Ausência
[Prólogo]
Na ausência de óculos e luva,
Na ausência de óculos e luva,
Rabisco o sol e a lua traço...
Enquanto papéis amasso,
Ouço o céu de cor bucuva.
É o todo um pensamento
Que de neve se faz fogo
Do entusiasmo se faz rogo
Do sopro frio se faz vento.
E quanto maior o tormento,
Maior é o desejo de prisão,
Pois estar-se perto é maldição
E estar-se longe é perdimento.
Bastaria ser flor e orvalho!
Beijar a mesma escuridão...
Cair desvairado em tentação...
E ser-se perfeito e falho.
Pois prazer maior no mundo
Não há, que o de vê-la!
Beijá-la, possuí-la, tê-la...
Ser-se dela o rei e o moribundo.
Até seria um conto passageiro
De amor, ódio, comédia ou drama.
Com pássaros, rios e muita lama...
Se não houve no céu cheiro.
[Lira I]
E à sombra dum grande coqueiro,
Enquanto brilha o sol ao norte,
Forja um estratagema à sorte...
Com setas escarlates, o arqueiro.
- A sorte é instável e leviana,
E disso se sabe quem a desfruta!
Muda de forma repentina e bruta
Como nos desertos a cruviana.
Dizia o arqueiro sorridente e ledo!
Preparando a temerária quimera!
E na ponta de sua flecha esfera
Tratou de consumar o fim do enredo...
- E como todo sonhador é louco!
Dizia novamente, já sem sorrir.
- Farei da minha seta um gênio
Quem acertado for terá prêmio
Que em tamanho se faz em pouco,
E não há louro, negro ou rouco,
Que à minha graça poderá resistir
Pois, o pouco da seta fará sentir
O amor de uma alguém que decidir.
O arqueiro atirou, então, a seta
Que rodou sem norte o mundo,
Procurando o Rei ou moribundo
Que seria seu abrigo, sua meta.
- Que a sorte encontre o merecedor!
Dizia, enquanto a seta voava...
Seu sorriso ao rosto, então, voltava
Pois já estava em tempo de amor.
A seta um peito desolado encontrou.
Plantou-se nele e a ele deu prêmio...
E como se esperava de um gênio...
Sumiu logo após o desejo que realizou.
(Lira II)
Encontrei-me, então, com o amor...
A brisa doce do verão quente soava
O sol sorria, a lua dançava...
Os lábios unidos queimavam em ardor.
(canto)
E no auge da alegria,
O céu mudou de cor
Não era noite nem dia...
Não era paixão, nem amor.
Enquanto tudo em maravilha fazia!
Despojava da sorte concebida,
Bebia da noite, comia da vida
Era tudo em nada, luz que Luzia.
(canto)
E no auge da alegria,
O céu mudou de cor
Não era noite, nem dia...
Não era paixão, nem amor.
- Sonha que quem vive divaga.
Vive para além da imaginação...
Constrói o céu e a constelação,
Dentro de sua própria saga!
(canto)
E no auge da alegria,
O céu mudou de cor
Não era noite, nem dia...
Não era paixão, nem amor.
- Sonha com a vida e o amor!
Ou apenas sonhe me dizia!
Ferido, racionalidade não via.
Entreguei-me ao sonho encantador.
(canto)
E no auge da alegria,
O céu mudou de cor
Não era noite, nem dia...
Não era paixão, nem amor.
Senti nos lábios um doce sabor.
Um frio na barriga carreguei...
- Estou sonhando? Eu sonhei?
Era a realidade já sem cor.
(canto)
E no auge da alegria,
O céu mudou de cor
Não era noite, nem dia...
Não era paixão, nem amor.
Com medo nos olhos e dor,
Procurei a seta, num vasto prado
Procurei, por dias, sem achado.
Nada existia, nenhum sabor.
(canto)
E no auge da alegria,
O céu mudou de cor
Não era noite, nem dia...
Não era paixão, nem amor.
O sol ainda brilhava forte,
Um vento fresco o céu varria
A terra gélida a mim sorria
As nuvens no azul faziam corte.
(canto)
E no auge da alegria,
O céu mudou de cor
Não era noite, nem dia...
Não era paixão, nem amor.
Não mais havia ferimento,
Havia apenas uma sensação
De esgotamento, de ilusão
De dor e de esquecimento.
---
No auge do esgotamento,
O arqueiro se fez presente
Recitou a mim, todo contente,
A inexistência de sentimento.
O sol ainda pairava no ar
Havia espetáculo estranho,
O arqueiro tomava banho
No meu desejo de amar.
Ao ouvi-lo sozinho cantar
Caí em profunda tristeza!
Pois com muita destreza
Cantava o que estava a sonhar.
- A amada de ninguém, amou!
Amou como ninguém, alguém!
E alguém, ninguém sabe quem!
Dos braços dele tomou!
Algrava-se do descontentamento!
O arqueiro fazia riso da dor
Das lágrimas, vinho de sabor,
Para comemorar o sofrimento.
Por fim, o arqueiro finalizou:
- A amada ninguém ama ou têm!
Quer amar? Ame a alguém
Que tu não amas ou amou.
O prêmio havia sido dado!
O arqueiro me deu a mão
Entendi do amor o significado,
E da amargura comi o pão...
Lembrei-me, então, do meu fado!
Donde me deixei por tempo esquecer
Apeteci-me de mim, por apetecer.
Encontrei-me onde me havia deixado.
Acabou-se o sonho, se foi o amor!
O arqueiro ledo - sem desdenhar -
Comigo - no prado - fez partilhar
Um verso último de tristeza e dor.
- No mundo não há o que não acabe!
Acaba-se tudo, tudo se acaba.
Hoje o que foi tudo é amanhã nada!
E o que tudo acaba, amanhã cabe.
- Não há que se lamentar pelo acabado!
Tudo se reforma e se renova... Renasce!
E mesmo que tudo no mundo acabasse,
Haveríamos de deixar tudo restaurado.
- Pode até acontecer de perder um amor!
Eu que já tanto uni, sei das desuniões,
Sei dos medos, das amarguras e aflições...
Que causam no coração a mais pura dor.
- E assim como todo o resto no mundo,
O amor se restaura e renasce no coração!
Brota sem dificuldade, sem razão.
Pois é dos sentimentos o mais fecundo.
O arqueiro se foi, e consigo a seta!
Deixou-me na companhia da razão!
E estando só, cumprindo a nova meta...
Esqueci-me do mundo, da nova ilusão...
Deitado ao pé da grande garuva
Ouvindo um tilintar no chão...
Acordei dum sonho, pelo trovão...
Não havia amor, não havia luva.
Não houveram beijos, nem paixão...
Não houve mundo ou ilusão!
Não existiu sol, apenas chuva.
~07/05/2012
A dança
Vejo assentos vazios na estação,
e o silêncio reverberando dos cantos!
Em todos olhos vejo tímidos prantos,
em todas faces vejo só lamentação.
Passam-se vagões, vários e tantos...
Ouço o ferro em brasa fervilhar,
Sinto o vento quente a deslizar...
Vejo os altares, mas não os santos.
Sento-me, e sinto perder a esperança!
Vão-se vagões, e outros estão a chegar,
continuo admirando a pobre e meiga dança,
dos vagões que vão e dos deixam-se ficar,
porém nenhum deles se me alcança...
pois meus olhos não vêm ninguém desembarcar.
~28/12/2009
e o silêncio reverberando dos cantos!
Em todos olhos vejo tímidos prantos,
em todas faces vejo só lamentação.
Passam-se vagões, vários e tantos...
Ouço o ferro em brasa fervilhar,
Sinto o vento quente a deslizar...
Vejo os altares, mas não os santos.
Sento-me, e sinto perder a esperança!
Vão-se vagões, e outros estão a chegar,
continuo admirando a pobre e meiga dança,
dos vagões que vão e dos deixam-se ficar,
porém nenhum deles se me alcança...
pois meus olhos não vêm ninguém desembarcar.
~28/12/2009
Preces
Tudo quanto há está obscuro,
inconstante e intransponível.
A vida é vaga, e vaga sensível
no oco desse mundo impuro.
É tudo, enquanto inconstante,
sem preço e sem piedade!
É intransponível vaidade,
que de branda é queimante!
O tempo corre desconcertante,
atropelando os pés cansados,
do que caminha, triunfante,
sobre as brasas dos passados
que cantaram a cada instante
os vigores jamais gozados.
~06/10/2010
inconstante e intransponível.
A vida é vaga, e vaga sensível
no oco desse mundo impuro.
É tudo, enquanto inconstante,
sem preço e sem piedade!
É intransponível vaidade,
que de branda é queimante!
O tempo corre desconcertante,
atropelando os pés cansados,
do que caminha, triunfante,
sobre as brasas dos passados
que cantaram a cada instante
os vigores jamais gozados.
~06/10/2010
No meu quarto...
Na escuridão do meu quarto,
eu liberto o meu eu-calado!
Falo para Galileu que a terra
ainda é Quadrada.
Dou risada da desgraça alheia,
sem medo dos que de mim riem.
Admiro o piso sujo e mal-acabado,
vejo os insetos através do buraco
da janela. Vejo o mundo através dela.
Na solidão do meu quarto,
digo aos mortos que ninguém
pode entender os vivos.
Digo que ninguém mais vive!
Respeito o isolamento alheio,
respiro fundo, grito, serpenteio.
Invento poemas ao nada,
faço viagens na imaginação,
interpreto um homem são!
No abstrato do meu quarto,
eu sou algoz, sou infinito, sou...
sou truão!
Uso termos desconhecidos,
faço versos às formigas,
investigo mortes não havidas,
mastigo as minhas feridas!
Remonto quebra-cabeças,
que jamais tiveram peças!
No interior que é o meu quarto,
sou malabarista das minhas vitórias!
Faço cores com derrotas,
e pinto o mundo com minhas botas.
Escrevo na claridade sobre o dia,
vejo pássaros sem asas voarem,
faço amizade com as baratas,
e me enclausuro no contar da hora!
Lá sou tudo que não sou aqui fora.
~18/10/2011
eu liberto o meu eu-calado!
Falo para Galileu que a terra
ainda é Quadrada.
Dou risada da desgraça alheia,
sem medo dos que de mim riem.
Admiro o piso sujo e mal-acabado,
vejo os insetos através do buraco
da janela. Vejo o mundo através dela.
Na solidão do meu quarto,
digo aos mortos que ninguém
pode entender os vivos.
Digo que ninguém mais vive!
Respeito o isolamento alheio,
respiro fundo, grito, serpenteio.
Invento poemas ao nada,
faço viagens na imaginação,
interpreto um homem são!
No abstrato do meu quarto,
eu sou algoz, sou infinito, sou...
sou truão!
Uso termos desconhecidos,
faço versos às formigas,
investigo mortes não havidas,
mastigo as minhas feridas!
Remonto quebra-cabeças,
que jamais tiveram peças!
No interior que é o meu quarto,
sou malabarista das minhas vitórias!
Faço cores com derrotas,
e pinto o mundo com minhas botas.
Escrevo na claridade sobre o dia,
vejo pássaros sem asas voarem,
faço amizade com as baratas,
e me enclausuro no contar da hora!
Lá sou tudo que não sou aqui fora.
~18/10/2011
fevereiro 24, 2015
Céu-Inferno
Vejo-te longe, e incompleto estou.
Julgo-me insensível, perecível,
sem cantos, sem prantos, risível,
amargando fel do que se esgotou.
Todo o pranto que me governa,
constitui em mim assaz desalento,
pois se distancio do tormento,
perco de vista a minha lanterna.
Se vejo-te perto, sinto-me deserto.
Eis que meu fado descontente,
é pospor meu sentimento latente,
reconhecendo, quiçá boquiaberto,
que viverei a dualidade cadente
desse céu-inferno demais incerto.
Julgo-me insensível, perecível,
sem cantos, sem prantos, risível,
amargando fel do que se esgotou.
Todo o pranto que me governa,
constitui em mim assaz desalento,
pois se distancio do tormento,
perco de vista a minha lanterna.
Se vejo-te perto, sinto-me deserto.
Eis que meu fado descontente,
é pospor meu sentimento latente,
reconhecendo, quiçá boquiaberto,
que viverei a dualidade cadente
desse céu-inferno demais incerto.
setembro 24, 2014
Devir
Quem dirá adeus aos velhos hábitos,
e se norteará por vales sombrios?
Quem fará da mente lagos e rios,
em que correrão novos espíritos?
Quem dirá adeus às velhas convenções
enquanto engole todas as mundanidades?
Quem dará os ombros às verdades,
e não se esconderá das desilusões?
Há quem espere a decrepitude
de uma vida bucólica e senil.
O ofuscar dos dentes, a vicissitude,
o palácio de um mundo vazio.
Há quem não queira apenas existir,
queira o viver, queira o devir.
e se norteará por vales sombrios?
Quem fará da mente lagos e rios,
em que correrão novos espíritos?
Quem dirá adeus às velhas convenções
enquanto engole todas as mundanidades?
Quem dará os ombros às verdades,
e não se esconderá das desilusões?
Há quem espere a decrepitude
de uma vida bucólica e senil.
O ofuscar dos dentes, a vicissitude,
o palácio de um mundo vazio.
Há quem não queira apenas existir,
queira o viver, queira o devir.
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